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Da Redação
O Governo da Bahia fechou um acordo de R$ 9 bilhões para destravar a construção da ponte Salvador-Itaparica junto ao consórcio chinês que ficará responsável pela obra viária, cujo projeto será de 12,4 km de extensão. As informações foram divulgadas pelo jornal Folha de São Paulo nesta quinta-feira (5).
O contrato original, firmado em 2020, foi renegociado devido ao aumento de custos pós-pandemia, com os chineses alegando que os insumos de construção civil subiram significativamente. Antes, o valor pactuado era de R$ 6,3 bilhões para construção do sistema viário, sendo R$ 1,5 bilhão de recursos público. Além disso, o governo baiano pagaria uma contraprestação de R$ 56 milhões anuais pelos 30 anos de vigência da concessão.
Agora, o novo acordo precisa do aval do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para ser implementado.
A ponte será construída em regime de parceria público-privada e promete encurtar trajetos entre Salvador e o sul da Bahia, por exemplo. Cidades como Ilhéus terão a distância reduzida de 450 km para 310 km. Além disso, o tempo de travessia entre Salvador e a ilha cairá de uma hora (via ferryboat) para apenas 15 minutos.
As obras incluem a duplicação de trechos da rodovia BA-001 na ilha e a construção de uma nova via expressa de 22 km. Em Salvador, serão erguidos viadutos e túneis para integrar o sistema viário.
Apesar do entusiasmo, o projeto enfrenta críticas. Ambientalistas alertam para os possíveis danos aos manguezais e ao ecossistema local, enquanto moradores da ilha temem o crescimento urbano desordenado. Representantes do setor portuário também demonstraram preocupações sobre o impacto nos custos das operações na região.
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O cronograma prevê a conclusão da obra quatro anos após o início das construções civis. Quando pronta, a ponte será a maior da América Latina em extensão sobre lâmina d’água e a segunda maior do Brasil, atrás apenas da Ponte Rio-Niterói.