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Da Redação
A empresa BYD e a construtora Jinjiang Group foram notificadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) na segunda (23), após resgate de 163 trabalhadores em condições análogas à escravidão nas instalações da montadora de carros em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador.
Todos os trabalhadores são chineses e e estão sob zelo da federação. Segundo informações do Correio*, por serem muitos, ainda não foram retirados do local. No entanto, o órgão interrompeu as obras e enviou agentes para garantir que a construção siga parada e os todos sigam sendo remunerados normalmente.
Ainda com inquérito em andamento, o subprocurador geral do Ministério Público do Trabalho (MPT) deverá se reunir com os representantes da montadora na quinta (26) para cobrar respostas e averiguar o que a BYD fará em resposta às notificações apresentadas. A BYD ainda poderá responder por eventual denúncia na Justiça.
“A BYD também responde porque ela tem responsabilidade solidária pelo ambiente seguro de trabalho. Está na lei que a empresa ‘tomadora’ é responsável por promover esse ambiente seguro, já que os trabalhadores estão nas dependências dela”, destacou a auditora fiscal do trabalho, Liane Durão, em entrevista coletiva nesta segunda (23).
O MPT e demais órgãos envolvidos constataram situações degradantes nas instalações da montadora de carros elétricos e interditaram duas cozinhas. Além disso, foram registrados acidentes com pessoas mutiladas e banheiros imundos, divididos por mais de 30 trabalhadores.
A força-tarefa responsável pelas por averiguar as condições de trabalho nas instalações da gigante chinesa é composta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), pela Defensoria Pública da União (DPU) e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF).