Por Notícias da Bahia – Foto Kayla Bartkowski
O Relógio do Juízo Final foi ajustado nesta terça-feira (28) para 89 segundos antes da meia-noite, marcando o nível mais próximo do fim da existência humana desde sua criação. Atualizado anualmente por 18 cientistas da ONG americana Boletim dos Cientistas Atômicos, o mecanismo reflete os riscos existenciais globais, simbolizando a proximidade de uma catástrofe planetária.
Fundado na década de 1940, durante o início da era nuclear, o Relógio é uma representação visual das ameaças à humanidade. O ajuste atual moveu os ponteiros um segundo em relação à última marcação, feita há dois anos, quando foi colocado a 90 segundos da meia-noite. O contexto de 2023 influenciou diretamente essa decisão, destacando:
O aumento dos riscos nucleares e conflitos envolvendo potências armadas;
O avanço descontrolado de tecnologias disruptivas, como a inteligência artificial;
Recordes de temperatura global, com 2024 superando 2023 em aquecimento.
Daniel Holtz, do Boletim dos Cientistas Atômicos, enfatizou durante a atualização, realizada no Instituto da Paz em Washington, que a falta de progressos para mitigar esses riscos agravou o cenário.
O momento mais distante da “meia-noite” foi registrado em 1991, após o colapso pacífico da União Soviética, que trouxe um breve período de relativa estabilidade global. Desde então, o Relógio tem se movido de forma gradual em direção ao “fim do mundo”, alertando sobre as crescentes ameaças à sobrevivência humana.