Foto: ISAC NÓBREGA/PR
Da redação
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu início ao seu mandato assinando uma série de decretos nesta segunda-feira, 20, com o objetivo de reverter políticas implementadas pelo governo anterior. A assinatura aconteceu na Capital One Arena, em Washington, em meio a uma cerimônia com apoiadores.
Entre os decretos, Trump revogou medidas da era Biden, como a força-tarefa para reunificação de crianças separadas dos pais na fronteira e ações voltadas à promoção da igualdade. Na política externa, anulou a retirada de Cuba da lista de Estados patrocinadores do terrorismo e reverteu sanções contra colonos judeus na Cisjordânia.
“Em seguida, para obter controle imediato da vasta burocracia federal fora de controle, implementarei um congelamento imediato da regulamentação, o que impedirá que os burocratas de Biden continuem a regulamentar”, declarou Trump.
Entre as ações mais polêmicas, o republicano assinou perdões para cerca de 1.500 acusados de envolvimento no ataque ao Capitólio, além de comutar penas de outros seis indivíduos. Ele justificou as medidas como parte de seu compromisso em corrigir o que considera “abusos” do governo Biden.
Além disso, Trump encerrou o aplicativo CBP One, que permitia a entrada de imigrantes em liberdade condicional enquanto aguardavam a análise de pedidos de asilo. A decisão gerou comoção na fronteira, onde imigrantes choraram com o cancelamento de seus agendamentos.
Principais decretos assinados por Trump:
Suspensão de 78 ações executivas da era Biden.
Congelamento de regulamentações até que o governo Trump tenha controle total sobre o governo.
Congelamento de contratações federais, exceto para militares e áreas essenciais.
Exigência de retorno presencial de funcionários federais.
Diretrizes para enfrentar a crise do custo de vida.
Retirada dos EUA do Acordo de Paris.
Ordem para proteger a liberdade de expressão e impedir censura.
Fim do uso de instrumentos governamentais contra adversários políticos.
A enxurrada de decretos faz parte da estratégia do republicano para reverter políticas democratas e cumprir promessas de campanha. No entanto, especialistas preveem que algumas medidas enfrentarão desafios legais.
Com informações do Estadão.