
Foto: Reprodução/TV Bahia
Da Redação
O delegado Nilton Tormes, coordenador do Departamento de Polícia Metropolitana de Salvador (Depom), está sendo investigado por suspeita de envolvimento no desvio de fuzis apreendidos durante uma operação policial em 2024. A investigação foi aberta após uma denúncia à Corregedoria da Polícia Civil.
Em nota, Tormes declarou que foi surpreendido pela abertura do inquérito e que colaborará com as investigações. Na última sexta-feira (21), a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão para apurar as acusações. O caso segue sob sigilo.
Segundo informações da TV Bahia, a investigação gira em torno do desaparecimento de 14 fuzis após uma ação policial em julho de 2024, no bairro do Caji, em Lauro de Freitas. Os policiais que participaram da operação relataram ter apreendido seis fuzis, mas a denúncia sugere que ao menos 20 armas desse tipo estavam no local, além de pistolas.
Além do possível desvio de armas, a denúncia também aponta o sumiço de joias e dinheiro que estavam no local da operação.
Na ocasião, a equipe policial apreendeu ainda uma metralhadora, mil munições, coletes balísticos e 10 quilos de pasta base de cocaína.
Ao g1, o delegado enviou a seguinte nota:
“Primeiramente, é importante ressaltar que o objeto da investigação se refere a uma operação oficial da Polícia Civil do estado da Bahia, que contou com a autorização da instância superior, com a participação de policiais do Depom e da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core). Essa operação, inclusive, foi amplamente coberta pela mídia nacional devido ao sucesso na recuperação de armas de fogo de grosso calibre, drogas e munições.
Diante dessas circunstâncias — especialmente considerando o resultado positivo da operação e a atuação efetiva de órgãos e autoridades máximas da SSP-BA — recebi com surpresa o início da investigação, mas sempre respeitei a opção político-institucional.
Continuo colaborando ativamente com a investigação, uma vez que não tenho nada a temer. Assim, espero que a apuração revele a regularidade do meu exercício da função pública ao longo de mais de 20 anos na Polícia Civil, e que a verdade dos fatos aparecerá demonstrando a idoneidade que sempre me pautou. Por fim, é importante esclarecer que o objeto da investigação não envolve a apuração de homicídio. Destaco que atuo na condição de testemunha do Ministério Público nos autos que tramitam e julgarão o referido homicídio.”