Uma simples palavra da língua portuguesa pode ser a chave para uma vida saudável e a solução para muitos dos nossos problemas. Uma pessoa feliz vive mais, se estressa menos, emana luz e leva bem-estar por onde passa.
Por anos, busquei a felicidade no trabalho, tentando ganhar dinheiro. Passei uma grande parte da minha vida querendo ter uma boa casa e bens materiais. Foi então que percebi que, nessa busca, estava adquirindo doenças e me afastando da minha família por um único propósito: ganhar dinheiro. Com o tempo, descobri que dinheiro só paga contas — nada mais que isso.
Os anos passaram, e tudo o que consegui foram cabelos grisalhos e um vitiligo. Felizmente, graças a Deus e a uma mudança radical no meu estilo de vida nos últimos anos — com reeducação alimentar, prática de esportes (corrida, caminhada e trilha) e academia cinco vezes por semana — consegui reverter essa condição.
Voltando ao assunto felicidade, me peguei, em um sábado à tarde, fazendo compras no mercado com minha esposa, Fátima. De repente, um sentimento de plenitude tomou conta de mim, e eu parei para agradecer a Deus por viver na cidade que gosto — pequena e pacata —, ao lado da pessoa que amo, cercado de gente boa e fazendo o que realmente me traz satisfação.
Cheguei à conclusão de que a felicidade não está distante, não está nas grandes capitais ou em lugares luxuosos cercados de riqueza e ostentação. A felicidade pode estar bem ao seu lado; basta saber viver cada momento e se questionar: quanto vale caminhar, correr, ouvir, falar, respirar e ter saúde plena? Quando você percebe o valor dessas coisas, entende que é um verdadeiro afortunado.
Enquanto observava minha amada "brigando" com os preços na prateleira, conversava com minha filha pelo WhatsApp, pensava no meu filho e nos meus netos, e agradecia a Deus por essa vida simples e organizada — a vida de um homem de meia-idade, envelhecendo com saúde, disposição e alegria.
Depois do mercado, fomos visitar a família de Fátima. Mais tarde, pegamos nossa filha e o namorado e fomos para casa. À noite, recebemos a visita do nosso neto Gutto e da sua mãe, Siniele. Para fechar o sábado com chave de ouro, Fátima, Gabriela e Matheus pediram pizza e refrigerante e foram assistir TV. E eu, transbordando de felicidade, fui dormir em paz.
Arnold Coelho
Feliz e agradecido a Deus
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