Foto: Reprodução/Redes Sociais
Da Redação
Um gabinete de crise foi criado para reter a escalada dos conflitos entre indígenas e produtores rurais que possuem fazendas no Sul da Bahia.
O objetivo é articular ações para proteger as vidas de todos os envolvidos. Invasões a propriedades privadas, violência e ameaças de morte foram registradas nas cidades de Itamaraju, Prado e Porto Seguro desde a última semana.
O gabinete de crise está sendo capitaneado pelo Comando de Policiamento da Região Extremo Sul (CPR-ES) — responsável pela região e reúne a Polícia Federal, Polícia Civil, Ministério Público da Bahia, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Superintendência de Assuntos dos Povos Originários.
Produtores rurais afirmam que milícias armadas estão utilizando indígenas para invadir fazendas, roubar a produção de café e comercializar os equipamentos das propriedades na região de Itamaraju.
Segundo os relatos, a situação tem gerado um clima de terror na região, especialmente no pico da colheita do café, cujo saco pode valer até R$ 2.000 no mercado.
De acordo com o Sindicato Rural do Extremo Sul, existe a informação que um indígena foi assassinado durante os conflitos entre os próprios grupos, e duas pessoas estão desaparecidas. A Polícia Militar já foi acionada diversas vezes pelos produtores, mas a violência continua.