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Da Redação
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) abriu uma investigação para apurar um possível descumprimento contratual na suspensão da obra da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), no trecho entre Caetité e Ilhéus, na Bahia.
A Bamin, responsável pela construção, anunciou na terça-feira (1º) que desmobilizou o contrato com a Prumo Engenharia na segunda-feira (31), após um investimento de R$ 784 milhões.
Com a paralisação, cerca de 300 trabalhadores devem ser demitidos, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial da Bahia (Sintepav). A notícia foi comunicada aos funcionários na segunda-feira.
Nesta quarta-feira (2), uma assembleia geral foi realizada no canteiro de obras em Uruçuca, no sul do estado. De acordo com representantes sindicais, as demissões serão concluídas até terça-feira (8) e devem ocorrer de forma gradual. Só nesta quarta, cerca de 70 funcionários foram desligados.
O trecho 1 da Fiol foi a primeira obra anunciada pelo presidente Lula no Novo PAC, em julho de 2023. Com 537 km de extensão, atravessando 19 municípios baianos, a ferrovia é estratégica para o escoamento de minério de ferro e grãos.
Inicialmente, a previsão de conclusão era 2027, mas o governo federal pediu agilidade para que a entrega ocorresse em 2026, ano eleitoral. A suspensão da obra pode comprometer esse cronograma.
A ANTT agora investigará se a Bamin descumpriu obrigações contratuais e quais serão as medidas adotadas para retomar a construção.