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Da Redação
A médica Larissa Gabriela Lima Umbuzeiro, apontada como uma das líderes de uma organização criminosa de tráfico de drogas, está entre as seis pessoas condenadas na Operação Kariri. A família Umbuzeiro construiu um império do tráfico no Nordeste, usando o cultivo ilegal de maconha como principal fonte de renda.
Segundo as investigações, os criminosos abasteciam o mercado de drogas em Feira de Santana e região e lavavam o dinheiro do tráfico por meio da compra de imóveis de luxo e fazendas. Apesar da condenação, todos os envolvidos poderão recorrer em liberdade.
Penas e histórico do grupo
A organização criminosa era liderada por Rener Umbuzeiro, que morreu ao reagir à prisão durante uma abordagem da Polícia Federal. Sua esposa, Niedja Maria de Lima Souza Umbuzeiro, e a filha, Larissa Gabriela Lima Umbuzeiro, receberam as penas mais severas: 16 anos e seis meses de prisão.
Larissa, além de médica, comandava o núcleo financeiro da organização, sendo responsável pelo processo de lavagem de dinheiro. Também foram condenados: Clênia Maria Lima Bernardes (irmã de Niedja), Paulo Victor Bezerra Lima (esposo de Larissa), Gabriela Raizila Lima de Souza (sobrinha de Niedja) e Robélia Rezende de Souza
Vida acadêmica
Larissa estudou Medicina na Unime, em Lauro de Freitas, e era conhecida por sua dedicação. Ela chegou a fundar a Liga Acadêmica de Medicina Generalista da faculdade e participou da Liga de Medicina Intensiva da Unifacs.
Apesar da reputação acadêmica, a médica e o marido ostentavam uma vida de luxo nas redes sociais, exibindo viagens e festas. O casamento do casal aconteceu no sofisticado restaurante Noz, em Feira de Santana, onde eventos podem custar até R$ 35 mil.
Larissa foi presa em 2024, em São Paulo, ao sair de um hotel para participar de um evento médico. Segundo a polícia, um apartamento de três quartos em uma área nobre de Feira de Santana estava registrado em seu nome ainda durante sua vida universitária, reforçando os indícios de lavagem de dinheiro.